quarta-feira, 29 de julho de 2009

Estrada Real/ Caminho Velho: Entre Rios de Minas

E aqui termina o Caminho Velho...

Entre Rios de Minas, chamada assim por primeiramente uma sesmaria entre os rios Brumados e Camapuã, doada pelo governador das capitanias de São Paulo e Minas Gerais. Habitada pelos índios cataguases, a região foi explorada primeiramente por Fernão Dias, e ainda hoje encontram-se ruínas e objetos provas dessa existência. Além disso, ruínas da Estrada Real podem ser vistas no município, como a Pedra do Gambá.

Por estar entre dois rios, a cidade possui diversas atrações de cachoeiras, piscinas naturais e quedas d'água. As atividades variam de rafting no rio Brumado a banhos de água doce e acompamento na Cachoeira da Usina.

A região ainda abriga outros atrativos nas cidades de Lagoa Dourada, com suas fazendas históricas e vistas panorâmicas do alto de morros - como o da igreja do Bom Jesus; e Passa Tempo, com os vestígios indígenas, cachoeiras, serras e trilhas.

É isso!
Hasta!
beijos

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Estrada Real/ Caminho Velho: Tiradentes

Na mesma região de São João del Rei, está Tiradentes, renomeada assim após a proclamação da república em homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, mártir da Inconfidência Mineira.

A cidade é ao mesmo tempo, referência na arte barroca (Tiradentes é um dos centros históricos mais bem preservados do país) e destaque pelas belezas naturais (a Serra de São José foi integrada pela UNESCO à Reserva da Biosfera por ser a maior formação natural da região).

A Igreja Matriz da cidade, de Santo Antônio, é a segunda em ouro do país, e um belo exemplar do barroco brasileiro, enquanto a capela de Nossa Senhora das Mercês foi construída no estilo rococó. Boa parte do calçamento da cidade ainda é do século XVIII, data de algumas das construções da cidade.

O mérito de Tiradentes para ser incluso na Reserva da Biosfera vem em grande parte da Serra de São José, com diferentes biomas a medida que a altitude varia. Matas ciliares nos barrancos e próximos aos riachos no pé da serra abrigam orquídeas e bromélias e uma grande diversidade de flora e fauna. Nas altitudes medianas, é possível observar mata de cerrado, e a medida que os terrenos ficam mais altos, a única vegetação são os campos rupestres (ou vegetação de campos mesmo). Além disso, é possível percorrer a região em passeios a cavalo, que variam de 3 horas a 3 dias.

Um patrimônio da cidade digno de visita é o Balneário de Águas Santas, com banhos termais radioativos, indicados para vários males (ou simplesmente para relaxar). Além disso, conta com infra-estrutura de hoteis e pontos turísticos como cachoeiras e riachos.


É isso!
Hasta
Um beijo

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Estrada Real/ Caminho Velho: São João del Rei

São João Del Rei também originou-se a partir da descoberta de ouro na região, mais exataente no Ribeirão São Francisco de Xavier. Mas paralelo à exploração dos minérios, desenvolveram-se a agricultura e a pecuária. O crescimento da cidade pode ser percebido na participação de São João Del Rei na Inconfidência Mineira, sinal de que a elite intelectual também estava presente na cidade.

São João conserva igrejas do século 18, construídas de acordo com a arquitetura do Barroco mineiro, além de museus e outros prédios interessantes. O patrimônio histórico ainda inclui o passeio de Maria Fumaça entre São João e Tiradentes, o que possibilita conhecer um pouco mais da região e observar lindas paisagens.

Uma vez em São João, vale a pena conhecer o Parque do Lenheiro, que possibilita caminhadas, observação da flora e fauna locais (a mata possui uma grande variedade de orquídeas, excelente para tirar fotos), além de paredão de escalada, montanhismo e mountain bike.

É isso!
Hasta!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Estrada Real/ Caminho Velho: Carrancas

Um pouco mais pra cima na Estrada Real está Carrancas, a cidade conhecida por suas riquezas naturais (entenda cachoeiras, rios e trilhas) no meio da bacia do São Francisco.
As carrancas, figuras em formas animais ou humanas, são usadas por pescadores, no caso no rio São Francisco, para espantar os maus espíritos das embarcações.
Apesar das mais de 50 cachoeiras (destaque para a 'Véu de Noiva', 'Cachoeira da Fumaça', 'Cachoeira do Moinho', 'Cachoeira da Zilda' e 'Cachoeira da Serrinha'), das piscinas naturais e das grutas da região (que ainda são novidades no roteiro da cidade, já que muitas ainda não foram totalmente monitoradas), Carrancas tem um calendário atrativo o ano todo. O carnaval fora de época (nem tanto, já que são só 15 dias antes) lota a cidade, mesmo sem as comemorações "oficiais". Além disso é possível apreciar diversas atividades, de festivais gastronômicos à campeonatos de trekking ou pipa, passando por várias festividades religiosas.
Mesmo sendo uma cidade pequena (são cerca de 5000 habitantes), Carrancas tem se estruturado para receber o crescente número de turistas que visitam a região. Para isso, a cidade conta com agências oferecendo serviço de monitores para as trilhas, já que elas situam-se geralmente em áreas particulares e podem ser confusas.
Se voce vai a Carrancas, prepare o fôlego. O cartão postal da cidade, a Cachoeira da Fumaça, é a única que fica dentro dos limites do município, e ainda sim são 5 km de caminhadas. Mas a queda de 10 metros e as piscinas naturais ao redor valem todo o esforço. A Cachoeira da Zilda, que tem 2 quilômetros de extensão, além das piscinas naturais e até uma pequena praia.
A Estrada Real ainda está preservada em Carrancas, podendo ser percorrida dentro do município da Capela do Saco até a Fazenda Traituba. Uma boa caminhada que mostra parte da história de Carrancas, que começou a ser colonizada na época da exploração do ouro e das pedras preciosas da região.
É isso!
Hasta
beijos

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Estrada Real/ Caminho Velho: Passa Quatro

Passa Quatro já está no trecho mineiro da Estrada Real. Na verdade, o trecho paulista é muito pequeno, e só existe em consequência da Serra da Mantiqueira (o Vale do Paraíba facilitava a descida para Paraty).

A cidade está localizada entre os vales de dois importantes rios da região: Sapucaí e Verde. Isso implica em várias cachoeiras, paisagens para apreciar e trilhas a percorrer. Mais interessante ainda é a Fazenda Toca do Lobo e seu conjunto de grutas exploradas no início do ciclo do ouro.

Uma recomendação 'histórica' é o passeio no Trem da Serra da Mantiqueira, que vai de Passa Quatro até a Garganta do Embaú, em Cruzeiro. É como o passeio de trem até Jundiaí, reativado para fins turísticos.

O clima de Passa Quatro é semelhante ao de Cruzeiro, o que incita a passar as noites enrolado num bom cobertor e com um bom chocolate quente (ou um chá pra quem preferir). Aproveitar as pousadas, que têm se desenvolvido na cidade depois que o fluxo de turistas aumentou, é uma recomendação, assim como as atrações naturais e históricas da cidade.

Sempre é bom lembrar que a Estrada Real não era uma linha reta. Além das cidades postadas aqui, existem várias outras na região com inúmeras atrações, e Áreas de Proteção Ambiental e monumentos históricos. Vale a pena gastar um dia nas redondezas só para conhecer.


É isso!
Hasta!

sábado, 4 de julho de 2009

Estrada Real/ Caminho Velho: Cruzeiro

Cruzeiro, quase no encontro entre Rio, São Paulo e Minas, surgiu por ser o marco entre o limite das capitanias.

Fundada em 1871, a cidade está no alto da Serra da Mantiqueira. Isso significa várias opções de trilhas para trekking, montanhismo, rapel e banhos de cachoeira. A Cachoeira da Serra, é uma ótima pedida para refrescar, e a caminhada não cansa tanto apesar da duração (são 2 horas acompanhando a Linha Férrea). Só um lembrete: faça a trilha quando estiver muito calor, ou então o tempo que voce aproveitará a água diminui consideravelmente.

Além das belezas naturais, Cruzeiro abriga o túnel da Mantiqueira, um túnel ferroviário que cruza a fronteira entre São Paulo e Minas, e foi abrigo de uma batalha durante a Revolução Constitucionalista de 1932. A casa do primeiro proprietário de terras da cidade, Major Neves, hoje é um museu sobre a história do município.

Cruzeiro não é uma cidade muito grande, e nem possui grandes atrativos turísticos. O ponto forte é que ela é aconchegante. O clima da serra faz da cidade uma pausa perfeita pra descansar, contemplar a paisagem e terminar (ou começar) o percurso da estrada velha em grande estilo.

Até a próxima parada!
um beijo