sexta-feira, 26 de junho de 2009

Estrada Real/ Caminho Velho: Paraty

A Estrada Real era o caminho feito na época da mineração, levando as pedras preciosas e o ouro do interior até o litoral. Tudo começou no século 17, no Caminho Velho, que escoava o ouro da antiga Villa Rica - atual Ouro Preto - até Paraty, o porto no Rio de Janeiro.

E é em Paraty que começa o percurso pela estrada velha. Com ruas de pedras, casarões coloniais e igrejas dos séculos 18 e 19 (tombadospelo Iphan em 1958), e muita história preservada, Paraty é mais que simplesmente um cartão postal bonito.

Amanhã, 1º de julho, começa a FLIP, Feira Literária Internacional de Paraty. A edição desse ano vai até 5 de julho e homenageia Manuel Bandeiras. Entre os convidados, o meu preferido é Chico Buarque, que vai lançar "Leite Derramado" (ainda não li, mas a mãozinha coça toda vez que vejo o livro na livraria). Mas a feira em si conta com vários outros escritores, e atividades.

Além disso, a beleza natural de Paraty também impressiona. O Parque Nacional da Serra da Bocaina é uma reserva da Mata Atlântica dentro do município. As praias, em sua maioria desertas, estão preservadas também pelo isolamento que chegou a Paraty depois da construção da ferrovia ligando São Paulo ao Rio de Janeiro pelo Vale do Paraíba. Aliás, esse isolamento perservou não só as belezas naturais, mas também as arquitetônicas.

A vida cultural da cidade não deixa a desejar. Além da FLIP, festivais religiosos, gastronômicos e culturais também tomam palco na cidade durante todo o ano. Tem desde Procissão Marítima a Festival Internacional de Cinema.

É isso.
Hasta!
boa FLIP pra quem for (tentem dar um beijo no Chico por mim)
beijos

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ouro Preto - Patrimônio Histórico

Em tempos de crise, uma boa viagem que não pesa no bolso é sempre bom, não?
Nesse friozinho, algumas pessoas gostam de migrar para o calor (eu, por exemplo). Outras já preferem lugares que ficam badalados exatamente nessa estação do ano.

Não que Ouro Preto seja uma cidade de inverno. O carnaval de lá é um dos maiores de Minas Gerais. Mas o friozinho, as igrejas históricas, a Estrada Real (cada parte dela sozinha vale um post - quem sabe eu não faço uma série para o inverno), as montanhas e o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana fazem da cidade uma boa opção pra passar as férias.

Prepare o tênis e o fôlego, porque a cidade é repleta de altos e baixos. São ladeiras e mais ladeiras, e todas as ruas (ou quase todas) são de calçamento de pedra, daqueles antigos. Mas a vista do alto de cada montanha é deslumbrante, e vale a pena tirar pelo menos um dia para caminhar pelas ruas, prédios e igrejas da cidade.

São tantos prédios históricos que até algumas repúblicas de lá (a Ufop - Universidade de Ouro Preto - cedeu algumas casas para os universitários morarem) estão na lista do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Elas inclusive passarão por uma restauração para retornar às características originais dos casarões.

Na minha opinião, as repúblicas de Ouro Preto são uma curiosidade à parte na cidade. Assim como a maneira que os bixos recebem o trote. Eles passam por períodos de experiência dentro das repúblicas, até serem aceitos. E cada república tem anos de existência, inclusive com fotos dos ex-alunos formados na Ufop que moraram lá. Aos que se interessam pela vida universitária (ou só por curiosidade mesmo), vale a pena conhecer.

O Festival de Ouro Preto e Mariana acontece no começo do mês de julho, com atividades culturais gratuitas. São exposições, debates, cursos e oficinas promovidos pela Ufop em parceria com a Fundação Educativa de Rádio e Televisão de Ouro Preto.

Para os que preferem o frio para programas mais românticos e tranquilos, a cidade foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. É o maior conjunto de obras barrocas brasileiras. Igrejas com esculturas de Alejadinho pipocam pela cidade, e não é difícil enxergá-las, já que ficam no alto dos morros, e ganham destaque pelo contraste do branco da pintura com a cor escura dos calçamentos.

Vale lembrar que as belezas naturais de Ouro Preto também merecem uma visita (mas na minha opinião, não no inverno, que por lá fica brabo por conta do vento da região montanhosa). A cachoeira das Andorinhas está numa área de proteção ambiental. Com 10 metros de altura, é possível fazer rappel, além de trekking (sempre acompanhado de monitores), e cicloturismo. Ou só para observar a paisagem mesmo, e fotografar os andorinhões-de-coleira, que por estarem presentes em massa por ali no verão, acabaram por batizar a cachoeira (e o Parque Municipal da Cachoeira das Andorinhas) assim.


É isso!
Boa pinga com mel na rua direita pra quem for por lá!
Usem muitas meias, o frio realmente dói!
beijos e boa viagem

sábado, 20 de junho de 2009

Ibirapuera e sua imensidão verde

Em clima de São Paulo Fashion Week, todas as modelos absurdamente magras que desfilam por ali e todas as polêmicas que surgem nesses grandes acontecimentos (incluindo a possível gravidez de Gisele Bündchen), o post de hoje é sobre o parque do Ibirapuera.

Inaugurado em 1954 - três anos depois da criação do projeto para que o parque fosse o marco do 4º centenário de São Paulo -, o Ibira, como é carinhosamente chamado pelos cerca de 300.000 visitantes do parque (de segunda à domingo, no total), é uma área verde no meio da correria de São Paulo.

Com pistas de cooper, museus, diversos prédios culturais e até um planetário, o parque é um amplo leque de opções de lazer. Do piquenique nos gramados a andar de bicicleta, é possível passar o dia todo lá.

Os mais atletas podem aproveitar a visita para correr nos percursos do parque, ou simplesmente andar de bicicleta por lá (e é possível inclusive alugar as bicicletas no próprio parque, em média R$5,00 a hora).

Além disso, o parque abriga diversos museus, e já recebeu exposições célebres (Guerreiros de Xi'an, Pablo Picasso, Leonardo da Vinci). Uma das minhas últimas - e favoritas - foi a comemoração de 50 anos da Bossa Nova na OCA.

O Auditório do Ibirapuera, o prédio mais novo do parque, promove tanto shows gratuitos (aos domingos, normalmente) quanto shows pagos.

O próprio lago é um espetáculo, quando durante à noite um jogo de luzes iluminam os chafarizes. No Natal, o parque todo recebe iluminação especial, e se torna um espetáculo particularmente especial.

Bom passeio!
beijos

terça-feira, 9 de junho de 2009

O Pato...

Hoje é aniversário do Pato Donald!
O amigo do Mickey que só usa camiseta mas quando sai do banho amarra a toalha na cintura apareceu pela primeira vez em um curta metragem há 75 anos atrás. E desde então está em desenhos, histórias em quadrinhos e na turma do Mickey.

E quer lugar melhor para comemorar o aniversário de Donald do que na sua própria casa?!
Apesar de haver mais de um parques da Disney, o primeiro que foi projetado especialmente para abrigar um universo particular, desenhado pelo próprio Walt Disney, o Walt Disney World, em Orlando (Flórida), é o maior de todos. A intenção é que ele fosse um pequeno país da magia. Pelo menos na minha opinião, ele é.

O parque é dividido em 4 grandes parques temáticos, 20 hotéis, 2 parques aquáticos e 3 outras atrações.

Os parques temáticos:
- Magic Kingdom (na minha opinião, sempre vale uma visita, tendo voce 10 ou 50 anos. A magia nunca acaba pra quem acredita, e lá eles fazem questão de manter todos acreditando. É onde está o famoso Castelo da Cinderela, e onde é mais fácil encontrar os personagens, já que acontecem dois desfiles diários, além dos pontos em que eles normalmente ficam para dar autógrafos e tirar fotos)
- Epcot Center (é a idéia de Disney de um centro tecnológico. Tudo lá remete à isso, desde o passeio por dentro da Esfera das Comunicações - o símbolo do parque - até uma viagem pela história da civilização humana. A outra parte do parque é divida por nações, e é possível apreciar um pouco da culinária e da cultura de cada uma delas)
- Disney MGM Studios (o backstage de várias das produções da Disney pode ser conferido lá. E para os que além dos contos de fadas, gostam de um pouco de adrenalina, tem a Rock'n'Roller Coaster starring Aerosmith, que atinge 95 km/h com trilha sonora!)
- Animal Kingdom (uma reprodução de alguns dos ecossistemas da terra - destaque para Ásia e África -, mais outras várias atrações todas ligadas à natureza. Vale a pena: o show em 3D do filme "Vida de Inseto"; o passeio pelo rio asiático Chakranadi; e a aventura pelo Himalaia a bordo da Expedição Everest)

Os parques aquáticos
- Blizzard Beach (mais voltado para crianças maiores e adultos, pois possui vários tobogãs altos e com quedas)
- Typhoon Lagoon (programa para toda a família, com direito até a uma praia artificial)

Os outros parques
- Board Walk (uma espécie de clube de campo da ESPN à beira de um lago)
- Wide World of Sports (quadras para praticar os mais diversos esportes)
- Downtown Disney (é um clube mais voltado para a noite, com casas noturnas e lojas para os adultos)

Para os que assim como eu apreciam o Cirque du Soleil, eles mantêm um espetáculo fixo na Disney, o La Nuba. Se voce não pode ver os (ou um dos) espetáculos que vieram ao Brasil, pode pelo menos dizer que já viu algum do Cirque. Na minha opinião, vale cada centavo!

Para lembrar:
- Os hotéis dentro do complexo da Disney são bem mais caros, apesar de possuírem a magia de se tomar café-da-manhã com os personagens. Ficar num hotel na cidade de Orlando dá a facilidade de pagar menos com hospedagem (e gastar mais nos parques e nas compras), e ainda ter a facilidade para conseguir visitar as outras atrações da cidade.
- Além dos parques da Disney, Orlando também tem os parques da Universal Studios (que valem um post inteiro), o Wet'n'Wild e o Sea World (que deixou de ser passeio para crianças, e hoje em dia também é merecedor de muita atenção - e se possível, um dia inteiro da viagem)
- Vale a pena aproveitar que agora o dólar está baixando para viajar. Mas lembre-se: visto e vacinas ainda são requisitos para entrar nos Estados Unidos.
- Aos viciados em Adrenalina, uma esticadinha até Tampa, para o Bush Gardens, também faz a viagem valer a pena!


Dêem um beijo na ponta do bico do Donald por mim!
beijos e boa viagem!

sábado, 6 de junho de 2009

Dia do Meio Ambiente - Fernando de Noronha

Essa é a semana do Meio Ambiente. Ontem (perdão pelo atraso!) foi o Dia Mundial do Meio Ambiente. E para comemorar com a mochila (ou a mala) nas costas, nada melhor que um destino ecoturístico!!!!

Pra entender: um destino ecoturístico é aquele onde a preocupação com a interação entre turistas, locais, fauna e flora leva os órgãos responsáveis (prefeitura, governo do Estado e federal) a organizarem ações e tomarem medidas para preservar o patrimônio sem impedir a visitação.

Em Fernando de Noronha, por exemplo, essa preocupação aparece antes mesmo de sairmos do continente. A ilha tem um limite diário de visitantes, e isso não é extrapolado. Ao chegar no aeroporto (ou antes de viajar), cada turista paga uma taxa de conservação proporcional aos dias que ficará hospedado na ilha.

Além disso, não existem grandes hotéis. Toda hospedagem é feita em pousadas "domiciliares", numa parte da casa dos locais adaptada à isso. Não espere grandes luxos, mas há eletricidade e uma cama para descansar à noite.

Opções de passeio não faltam: de caminhadas à cursos de mergulho, a chance de ficar faltando dia pra fazer tudo o que dá vontade é grande. Tanto para os aventureiros como para os que não sabem nadar, a viagem é inesquecível. Dá pra fazer trilha por várias praias da ilha, mergulhar nas ilhas secundárias, conhecer o aquário natural da praia do Atalaia, escalar o Morro do Pico, e se voce tiver sorte, ver os golfinhos rotadores entrando na baía dos Golfinhos, bem de manhãzinha, ou ver tartarugas marinhas.

Sugestão da pessoa que escreve: pode parecer muita exploração, logo que voce chega à ilha, ser levado para o escritório de uma das empresas que operam os passeios em Noronha para já reservar tudo o que voce vai fazer. Mas acaba sendo bom porque voce otimiza seu tempo lá e aproveita ao máximo.

Os pacotes menos caros (sim, Fernando de Noronha é um destino salgado) são os que combinam alguns dias em Natal ou Recife (os pontos no continente mais próximos da ilha) e outros em Noronha. Mas há sim a possibilidade de passar uma semana lá. Mais que isso, acaba virando marasmo, afinal não há muito o que se fazer por lá que não seja relacionado ao turismo (os locais recomendam no máximo 15 dias na ilha antes que as coisas percam a graça).

Mas tudo vale à pena: do passeio de barco ao inesquecível pôr-do-sol no Morro dos Dois Irmãos (cartão postal da ilha) ao som de Bolero de Ravel (se o dono do bar que fica no forte do Boldró ainda não mudou o repertório). E uma vez lá, aproveite as palestras do Projeto Tamar e o forró da praia do Cachorro.

E pra terminar e deixar todo mundo com vontade de ir (ou de voltar) pra lá, o melhor pôr-do-sol que eu já vi...












Beijos e boa viagem!!!